Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

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"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A POEIRA E O VENTO



A POEIRA E O VENTO

A poeira levanta-se com o vento
Traz na voz silenciosa da guitarra
Um pequeno lamento
Como a solidão nos olhos dos lobos
Quando fitam apenas o momento

Prefiro as ruas desertas
As folhas desgarradas
Das árvores pelo frio
Descobertas

Nelas tento me achar
E depois que todas as luzes se apagam
Lembrar o amor que ficou encolhido
Em baixo da mesa
No quadro negro
No retrato em negro

Há tempos que não vejo a primavera
Então procuro olhar pela janela
E fitar as flores apagadas
Pelas luas vagas
 Naufragadas

Levadas pelas ondas que beijaram a praia
Através do olhar solitário dos lobos
Que são miragens na poeira levantada
Pelo vento
Que tocou na guitarra
Um último lamento

27 comentários:

  1. Querido amigo

    Um poema lindo...um lamento...um belo trinar de palavras com muito sentimento.

    Beijinhos
    Sonhadora

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  2. Arnoldo,por aqui encontro sempre palavras impregnadas de emoção.
    "Há tempos que não vejo a primavera
    Então procuro olhar pela janela
    E fitar as flores apagadas
    Pelas luas vagas
    Naufragadas".

    Um abraço.

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  3. Lindo, lindo, perfeita sintonia em palavras e imagens, amei Arnoldo.
    bjs.

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  4. Que bonito meu amigo, parabéns!
    Bjos,
    *Simone*

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  5. Triste , um poema recheado de sentimentos e desabafo. Mas a primavera chega para todos, e pode ter certeza que chegará p vc. Um grande bjo com carinho

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  6. Que lindo! Ao som de Pink Floyd, ainda melhor. Acho que viajei enquanto lia seu texto;

    "Nelas tento me achar
    E depois que todas as luzes se apagam
    Lembrar o amor que ficou encolhido
    Em baixo da mesa
    No quadro negro
    No retrato em negro"

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  7. Arnoldo,


    Um lamento melancolicamente belo
    o de sua guitarra em recordações ...
    Sempre perfeito em seus versos.


    Bjo e um Dia de Paz.

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  8. ler e reler.. e simplesmente sentir..
    beijos Arnoldo.

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  9. Oi,Arnoldo!O vento e a poeira são companheiros inseparáveis, sempre bailando por ai pelos ares, em busca de novos lugares...
    Beijos

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  10. Boa tarde, Arnoldo! retribuo com carinho a tua simpática visita e lhe agradeço pelo gentil comentário.Admiro muito as tuas composiões poéticas.Gostei muito desta "A Poeira e o Vento".
    Parabéns!
    Bjs,
    Mara

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  11. Que belo poema! Lendo e imaginando, querendo ver o que está "Através do olhar solitário dos lobos
    Que são miragens na poeira levantada
    Pelo vento". Parabéns, querido poeta! Beijos!

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  12. "Há tempos que não vejo a primavera
    Então procuro olhar pela janela
    E fitar as flores apagadas
    Pelas luas vagas
    Naufragadas"

    Até na ausencia da primavera tenho procurado reavivar as flores atentamente, pra que nao pemaneçam apagadas!

    Lindo!

    Beijos com carinho!

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  13. Tão triste sobreviver à ausência de primavera
    Lindo post
    Perfeito e transbordando emoção, assim como tudo que escreves!
    Parabéns e um forte abraço!

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  14. Muito linda a sua poesia, Arnoldo. Eu me vi em vários trechos...

    "Prefiro as ruas desertas
    As folhas desgarradas
    Das árvores pelo frio
    Descobertas

    Nelas tento me achar
    E depois que todas as luzes se apagam
    Lembrar o amor que ficou encolhido
    Em baixo da mesa

    (...)

    Há tempos que não vejo a primavera
    Então procuro olhar pela janela
    E fitar as flores apagadas..."

    Na verdade, tudo nessa poesia lembra a mim mesma... é incrível quando vemos o espelho do que sentimos nas mãos de outra pessoa. Incrível. Eu poderia dizer que esses versos foram escritos por mim...

    Parabéns, amigo!

    Beijão!

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  15. Ah, eu me esqueci de dizer que sou como uma folha solitária sendo levada pelo vento, sem pouso, sem companhia, a não ser a das minhas amadas palavras...

    Mas tenho começado a ver a beleza da minha condição nesse mundo...

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  16. realmente os solos de guitarra soam como lamentos..
    tenho lido tantos poemas de silêncio..
    de um não ver..um não sentir..
    páro e absorvo as palavras que li aqui..

    lindo!!

    bjs.Sol

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  17. Ter a visita e o comentário de quem escreve poesia assim, é para mim motivo de orgulho.
    "Levadas pelas ondas que beijaram a praia

    Através do olhar solitário dos lobos
    Que são miragens na poeira levantada
    Pelo vento
    Que tocou na guitarra
    Um último lamento"

    Tão belo e ao mesmo tempo tão triste. Adorei!
    Vou ficar por aqui.
    beijinhos

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  18. Combinação perfeita!
    Imagens e o lindo poema, transbordam
    sentimentos...
    Sensibilidade enorme..
    Adorei!

    beijos

    Marion

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  19. Prezado amigo Arnaldo que linda sua poesia
    gosto muito,de ler seus versos,seu blog é um encanto,parabens,obrigado por sua visita ao meu
    blog,volte sempre,bjs

    Marlene

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  20. Querido aamigo,

    Como é maravilhoso ler-te!

    Beijos, Poeta

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  21. Olá meu amigo! Bela poesia. Sabe-se que o vento é ligeiro e tem em suas mãos o poder de levar poeiras, de arrastar primaveras, mas este mesmo vento volta arrastando alegrias, deixa em cada porta um recado da guitarra…

    Abraços

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  22. Sem palavras para descrever teus versos! Simplesmente lindo...

    Beijinhos pra vc!

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  23. Que delícia de poema, sentir, reler e sentir. Bom demais. Beijos no coração bom dia e um lindo domingo.

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  24. Seu poema é lindo assim como todos seus!!!
    Acertou em cheio nessa musica do PINK FLOYD eu adoroooooooo muitãoooooooooo!!!!
    Parabénsssssss

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  25. Deixo-te aqui meus aplausos Arnoldo!
    Sem dúvidas estarei sempre voando por aqui, agora que conheço o caminho!
    Depois irei visitar seus outros blogs! Você mantém 4?!
    Um lindo domingo para você!
    Saudades...

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