Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

APOCALYPSE (TRILOGIA)




APOCALYPSE 1.3

Não quero passar
O resto do tempo
Sob a terra umedecida
Tendo a lápide
Os dizeres:
Não sei de onde vim
Não sei pra onde vou
Nada sou


APOCALYPSE 2.3

Se você não preparar seu coração
Ficará como eu
Num deserto de sal
Deserto sem sol
Sem clamor
Banhado pela dor
Perdido
Habitado pelo medo
Medo de ser esquecido
Esperando o fim
No abismo sem fim


APOCALYPSE 3.3

A dor ainda queima meu corpo
Apesar do tempo
Apesar do arrependimento
Que mesmo cortando o horizonte
Ainda não chegou
Nem mesmo o sangue
Que derramei
Amansará minha dor
A navalha ainda está acesa
E minha garganta está próxima
Do furacão que a cortará
Assim as rochas que protegem
Meu coração, e são fragéis
Irão desmoronar no meio da brisa
Iluminadas pelo luar da doce ilusão
Que o tempo levou
Pelo tempo que acabou

16 comentários:

  1. Arnoldo, como sempre, um poema repleto de verdade e sensibilidade.
    Um abraço

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  2. Arnoldo,
    fortes palavras em versos que "despencam" sentimentos no chão em grande ruído de clamor..
    parabéns amigo querido!

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  3. Lindos poemas Arnoldo!
    Não me esqueci dos teus selinhos, logo logo eu venho buscar. Beijo.

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  4. Lindas e belas tuas palavras meu poeta.
    Beijo carinhoso, pegarei meus selos em breve.

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  5. Arnoldo,
    Um poema pleno de conteúdo. Extremamente bem escrito. Com uma mensagem profunda para reflectir e mudar de atitude. Porque é preciso estar sempre preparado para um amanhã que nunca sabemos se vai chegar. ueremos acreditar que, mesmo no final terreno, no apocalipse total, haverá sempre amanhãs que cantam.
    É nesta "verdade" que quero acreditar.
    Continuarei a seguir este espaço que adorei.
    Parabéns e obrigado pela indicação.
    Grande abraço.
    Caldeira

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  6. Arnoldo,

    Que dizer desta trilogia?...

    O 1º lembra Régio...não sei para onde vou, sei que não vou por aí".

    bj

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  7. pra ler várias vezes..
    até à exaustão..
    parabéns!!

    bjs.Sol

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  8. Poema muito bem escrito, um verdadeiro alerta para o APOCALYPSE. Parabéns , querido poeta! Beijos! Obrigada pelos selos!

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  9. Meu querido!

    Um belissimo segmento poetico que so uma alma tao sensivel escreveria!
    Parabens poeta!

    Um beijo!

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  10. Cara acho extremamente bonito o jogo que você faz com as palavras...como em: "Num deserto de sal
    Deserto sem sol"

    Sei lá, fica bom de ler, muito bonito, meu caro.

    Um beijo, Tamires

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  11. Olá!
    gostei do que disse;
    "Se você não preparar seu coração
    Ficará como eu
    Num deserto de sal"
    Que o nosso coração esteja preparado...

    Abraços!!!

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  12. Arnoldo,


    Trilogia em perfeita sintonia ...
    Te ler é preciso !


    Bjo.

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  13. Lindo! Sempre teremos medo de ter passado pela vida sem encontrar um significado pra ela. Montão de bjs e abraços

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  14. oiee... Amei este blog também Arnoldo. Como vc me deixou à vontade para pegar quantos selos quisesse, eu peguei, viu?!! rsrs... postarei depois... minha vida tah uma loucura... mas vc não visitou meu blog de poemas... olha lá! O endereço é: http://mary-paes.blogspot.com (poemas, frases e outras divagações))) beijinhus

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  15. Muito intensa esta sua trilogia "Apocalipse".
    Preparemos nossos corações o adoçando com mel, vigiando para que ele não caia a em um deserto de sal!

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