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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

SÉRGIO SALLES OIGERS (Homenagem ao amigo, poeta e músico)

                                                  

                                                
                                                  SÉRGIO SALLES-OIGERS
               Não é preciso dizer de como é feito os versos de Sérgio Salles Oigers.Sua composição é feita por palavras que resumem a angustia do homem, a alegria e suas paixões
               Porém, cabe ao leitor, a tarefa de encontrar as mensagens, que as perfeições e imperfeições destas palavras querem dizer.
            A compreensão da realidade vista pela poesia, requer algo que possa semelhar a si, que é, em síntese, a imperfeição moldada na sua maneira de ser.
           A imperfeição esta, que torna complexa, dinâmica e autêntica a natureza humana e suas criações.
          Fabiano Soares da Silva

          Sérgio Salles Oigers é compositor hermético dadaísta de plantão.

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 OUTUBRO
Autor: Sérgio Salles-Oigers

Meu amor
Seu amor
Nosso amor
Pra sempre existirá
Por que não há
Um outro igual
Tão doce assim
Tão terno assim
Que nem mesmo toda brancura
Possa se comparar
E se há que há
Que seja feliz assim
Como sou
Diante...

... Do teu olhar
Da tua paz
Do teu bem
Que tão bem me faz
Quando sorri
E ao respirar
Enfeita o céu
Da cor ao mar
Deixa tão lindo
Tudo de mais lindo que há

Entristecer
Desesperar
Será impossível
Pra quem te acompanhar

  
HANS, ÍSIS, JADE E ABEL
Autor: Sérgio Salles-Oigers

Com desprezo
me agarro
ao cadáver
de minha mãe
caído, ali no chão,
dividindo espaço
com tantos outros corpos
chacinados
pela mesma mão,
que não há muito tempo
com beijos ela abençoou,
entregando seu coração
ferido por um filho
que à beira de seu caixão
suas jóias particulares saqueou.

Dentre suas jóias particulares
se encontrava
um Hierofante de marfim
talhado por mim
enquanto o réu se escondia
atrás do vidro maternal
estampado no funeral
a lágrima de alegria
escorria pelos braços do cortejo
sob velas
transcendentais
e quentinhas de carne-de-sol com jerimum
preparadas
por mamãe
pouco antes de eu matá-la
à marretadas.

Minha marreta Juliana
só ela me entende,
não faz nenhum drama.
Minha marreta Juliana,
minha amada, minha cúmplice;
minha dama.

O terror!
O terror
de quem nunca se arriscou
a nadar na banheira
pra mergulhar
na língua da ribanceira
a testemunhar seu início
no fim da vida de alguém.

O terror!
O terror!
O amor!
A testemunhar seu início
no fim da vida
de outra pessoa.


10 comentários:

  1. Bela homenagem!
    Merecedora de aplausos
    Tipo amor feito em versos...

    Abraços carinhoso
    preciosa Maria

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  2. Nem eu, nem minha poesia e nem minha música são dignos de qualquer homenagem. Mas algo que me dignifica e muito é o seu carinho e a sua amizade. Obrigado por apresentar em seu blog dois trabalhos que para os mais desatentos possam parecer paradoxais mas que na verdade estão intima-mente ligados por demonstrar a versátil condição humana ao dobrar seus joelhos ante um ser imaginário ou um bagaço de cana.

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  3. Muito bom Arnoldo! Gostei muito da seleção ...rss
    Sérgio parabéns...sei que parabéns parece uma palavra besta mas se você prestar bastante atenção vai ver que ela é bonita e traz sorte: parabéns...

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  4. Arnoldo,

    um post estupendo! O texto resume em pinceladas a obra do poeta e músico. O primeiro poema de amor e o segundo o “non-sense” a presença do poeta e compositor " dadaista de plantão". Uma sensível e humana visão do cotidiano. A música no contexto desta talentosa irreverência do poeta.

    *Não tenho livro do Salles. Consigo? Obrigada.

    Carinhoso beijo e parabéns a ambos.

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  5. Parabéns ao Sérgio pelo excelente trabalho.
    E parabéns á você amigo Arnoldo por compartilhar essa linda postagem, merecida homenagem.
    Adorei!
    Tudo de bom para vocês.

    Beijos

    Marion

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  6. que tragédia! E também comédia! Inusitado! Adorei! Obrigada pela presença! Abraço!
    E vamos confiar na vida! ;)

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  7. Dois poemas tão opostos, o primeiro retrata a beleza, a puresa, o amor... Enfim, sentimentos mais nobres da alma humana, enquanto o segundo retrata o outro lado da moeda, o lado negro de outra alma ou quem sabe da mesma alma em momentos tão distintos. O AMOR/ O TERROR

    Parabéns, Sérgio
    Parabéns, Arnold por homenagear seu amigo
    Bjos aos dois!!!

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  8. "Vermelha como a calcinha do príncipe Charles..."

    Arnoldo, fala pro Sérgio que se ele tivesse só criado esse verso, o trabalho poético dele já valeria a pena.

    Talentosos amigos, vocês são demais!
    Bom final de semana, Arnoldo!
    Beijinhos para todos!!!

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  9. Linda e merecida homenagem, pelo pouco que o conheço, mas já o tendo como amigo, pois tão bem fala o seu amigo Arnoldo de você pra mim, que sinto você fazendo parte do meu coração. Este video fala muito, de você, de suas idéias, críticas muito válidas por sinal.
    Algo muito próximo de Raul Seixas.
    Este video está indo para o orkut de uma moçada daqui de Curitiba, eles gostaram muito.
    Sergio, te desejo todo sucesso, toda felicidade, que todas as bençãos de Deus te persiga e te encontre, e você diga: AMÉM!
    Bjs. Fica com Deus.

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  10. O trabalho de Sérgio Salles é memso muitpo bom. mereceu a homanagem. Fico muito honrada por ele ter sido uma das primeiras pessoas a seguir meu blog. Foi uma surpresa maravilhosa para mim.

    Abraços.

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