Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

terça-feira, 6 de julho de 2010

OUTRA MARGEM DO RIO



OUTRA MARGEM DO RIO

Não existe quase nada em volta
Não existe uma cabana para se abrigar
Para se esconder do mar
Nada que seus olhos possam tocar

Existe a desolada imagem do deserto
Vento soprando a terra árida
Tocando com seu assobio cada olhar do lince
Cada verso triste

Ao longe passa um rio que está seco
Como todos os galhos sem vida
No entardecer triste do outono
Como a vida que tem como sinônimo o abandono

Só se ouve o soprar do desalento
A dor desfigurada pelo vento
Solitário como lobo desgarrado e sedento
Como a fresta que se perdeu no tempo

Não existe quase nada na outra margem do rio

4 comentários:

  1. Passando para deixar um bom final de semana

    bjs
    Insana

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  2. O homem perdido em si, buscando alento na solidão, certo de que nada resta a não ser quedar-se imóvel, absorto em seus pensamentos.
    Abraço fraterno.

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  3. E ainda assim, atravesso...

    Bonito demais, querido!

    Beijo enorme

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