Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

ILHA DA VIRGEM MAGRA



ILHA DA VIRGEM MAGRA

Na noite do meu desespero
Amarrado ao tronco
Sinto as dores e as marcas da chibata
Enquanto as névoas levam meu barco

O barco da minha liberdade
Que entre névoas ganha o mar
Lágrimas cativas escorrem pelo meu rosto
Enquanto as névoas acabam por me afogar

Névoas que são chicotes
Sede sem holofotes
Corpo a sangrar
Liberdade perdida que ganha outro mar

São apenas névoas
Que invadem o coração
Névoas
Que o vento não leva

Névoas que embaçam
Meu canto
Escondem minhas dores
Naufragam meus amores

Névoas que habitam meu lago
Que abrem feridas
Que passeiam pelo meu corpo
Quebrando todos os meus cristais

São apenas névoas
Que camuflam meu horizonte
Que levam pra longe meu bem querer
Delírio do meu viver

São apenas névoas
Que o vento não leva

2 comentários:

  1. O que sera que tem depois daquela nevoa..

    bjs
    Insana

    ResponderExcluir
  2. Querido amigo,

    um poema lindíssimo. O que vive camuflado no meu peito de um tempo que nem precisar eu sei arrebentou em fortes emoções.

    Carinhoso beijo, poeta.

    ResponderExcluir