Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

CLAMOR NO DESERTO



CLAMOR NO DESERTO

Sou como a voz
Que clama no deserto
Olho em todas as direções
Não encontro Você por perto

Imploro que me ouças
Que ilumine meu caminho
Não tenho a pomba branca
Não tenho como caminhar sozinho

Minhas pontes são feitas de chagas
Não sou feliz por estar aqui
E sem Você
Sou apenas nada

Minha tormenta é não ter onde me amparar
Não encontrar Sua fortaleza para me guardar
Andar pela escuridão sem encontrar Sua mão
Não saber como nem onde Te entregar meu coração

9 comentários:

  1. A penúltima estrofe é estupenda! Magnífica!

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  2. Pois, é, querido... será que não é possível fazermos de nós mesmos a mão? Evitaria sofrimento à beça, não? rs

    Beijo grande

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  3. Sabes poeta, um baixo sussurro de amor, consegue ser ouvido, Mesmo que esteja no deserto.
    Esse amor escuta,com certeza pelas mãos te segurara; Grite alto, ao seu encontro a paixão vira.

    Abraços carinhoso

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  4. Poeta querido!!!!
    Mãos que não se encontram,mesmo presente nada acontece !!!!!
    Perfeito, amo ler seu pensamento!!!!
    Sua fã!!!!!!

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  5. Muito linda a aplicação dos pronomes "Você", "Sua" em iniciais maiúsculas!! Deu um toque de grandiosidade, divindade.

    Parabéns!

    Mônica

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  6. A solidão nos revela o quanto a cumplicidade do amor é o combustível para o viver. Ao poeta cabe a tradução destes sentimentos que nos invadem e poucos sabem convertê-los em poemas, a nos mostrar que o amor é possível, que suas nuances trazem sentido à caminhada. Adorei, Arnold.

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  7. Que lindo Arnoldo, entregar o amor nas mãos de quem só carrega a escuridão não vale a pena!
    Um abraço, linda poesia como sempre não é?!
    Ótimo fim de semana,

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