Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

RECOMEÇAR

É só uma sombra sob a árvore
Vazia desde o dia em que partiu
Mas esconde as pedras encabuladas
Que amargam minhas lembranças

É só uma sombra que clareia meu passado
Que aflige os dias inexistentes que virão
Trazendo a saudade que se acumulou no tempo
E que cortará a penumbra da minha gaiola

É só uma sombra que balança perto da varanda
Movida pela velocidade silenciosa do vento
Onde folheio as páginas viradas
Que capotaram no caminho para a felicidade que eu não acreditava

É só uma sombra que se estende por mais um dia que espero minha partida
Partida que me encontrará sentando à sua espera
Sentindo meu olhar perdido nas sobras que ficaram na estrada de areia
Saboreando o chiclete de fruta
Fruta da minha terra

5 comentários:

  1. que maravilhoso recomeçar...mil vezes lindo!

    ResponderExcluir
  2. Boa noite, amigo!


    Um poema interessantíssimo e muito profundo. Creio que este recomeçar é iluminado tamanha a tranquilidade do poeta. Lindo, amigo!

    Beijos e excelente semana!

    ResponderExcluir
  3. Muito bonito...
    Sempre me sinto bem quando venho no teu blog!
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Belo e bem versejado poema meu caro Arnoldo ! Prazer em visitá-lo novamente. Um abraço.

    ResponderExcluir
  5. Como sempre seus versos me traduz.. um beijo
    Jane Freitas

    ResponderExcluir