Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

OS DIAS E AS NOITES


Não quero parecer triste
Mas estou com receio
De estar seguindo lentamente
Como num barco a remo
"Rumo ao Farol"
À caminho das trevas
Tenho medo de abocanhar o anzol
Que a solidão atirou
Para conquistar-me por inteiro
Todas as tardes
Procuro esconder-me da noite
Fugir do feixe de luz
Que insiste em iluminar minha vida
Fico embaixo das cobertas
Tentando evitar ser invadido
Pelas nuvens da desesperança
Evito despir-me para meus pensamentos
Minhas cobertas são minha ilha
Minha ilha sem farol
Não quero que me vejam
Que encontrem minha alma
Nos rochedos que as águas
Vão banhar
Durante
Os dias e as noites
Que ainda estão por vir

2 comentários:

  1. Parabéns amigo, que lindo!!! Palavras tão sentidas... dá pra mergulhar no universo!!!

    ResponderExcluir
  2. Tão profundos versos que mergulhamos na abissal sensibilidade do poeta. Há um farol luminoso que o guia.


    Um carinhoso beijo

    ResponderExcluir