Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

domingo, 30 de maio de 2010

PIPAS COLORIDAS SOLTAS NO CÉU



PIPAS COLORIDAS SOLTAS NO CÉU

Tenho folhas escurecidas para soltar no vento
Escurecidas pelo tempo
Que andei brincando de pular as cordas
Que escondiam o pólen das flores que queriam amar
Antes que a primavera pudesse chegar

As pipas coloridas que estão soltas no céu
São apenas enfeites que camuflam
A tristeza que está no olhar daqueles que não tem a quem amar
Que não tem um carinho durante a noite fria
Que não tem um soluço para secar

Tenho estrelas que querem sorrir na noite
Mas a claridade do sol ainda está distante
Do pólo norte onde se encontram meus sonhos
Meus sonhos não são azuis como o infinito
Sonho apenas em tentar conter meu grito

Em tentar encontrar a solidão vazia
Para onde poderei partir
Sair sem me despedir
Desaparecer com as folhas escurecidas
Que soltarei no vento
Para evaporar nas frestas do tempo

3 comentários:

  1. Essa é uma imagem que me é tão íntima; pipas nos céus! Cheia de recordações.

    Beijos,
    Tania

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  2. Espero, um dia, eu poder soltar minhas pipas coloridas no céu para que digam o que está em meus olhos.

    Beijos

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  3. Adoro pipas, sempre lembram liberdade com responsabilidade (por causa da linha na mão do guri)...se são coloridas então, gosto ainda mais...
    Belo poema, vim retribuir-lhe a visita...
    foi um grande prazer...
    bjos amigo

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