Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

sábado, 5 de dezembro de 2009

CAI O PANO






Não quero sair de cena
Mas as pedras estão surgindo no meu caminho
E assim que a turbulência passar
Terei que partir sem lembrar o que ficou

Sentirei muitas saudades
Mas tem horas que o eclipse não é bom para a lua
E assim é melhor seguir a estrada
Para que o céu volte a ter estrelas

Meu destino sempre foi feito de inglórias
Já não tenho mesmo esperança
De encontrar outros campos abertos
Onde possa acampar com minhas vestes surradas

O pano vai cair no fim espetáculo
Minhas lágrimas já molham o palco
E eu não sei sorrir para você ver meus olhos
Enquanto a sala fica vazia

Um dia lembrará que passei na tormenta
E que talvez eu não tenha sido a calmaria que esperava
Mas saberei levar na lembrança os momentos felizes
Mesmo que para isso os infelizes também me sigam

Meu destino é incerto
Meu coração é partido
Minha aflição em deixar-te é tudo que temo
Mas mesmo assim cairá o pano

Meus temores irão tomar posse das minhas terras
Meu por do sol não será como sonhei
Só tenho que me despedir
Sei que será melhor pra você

11 comentários:

  1. Que lindo post, me fez viajar em sentimentos, como solidão, vontade de seguir, esperança..
    Muito bom,
    ótimo domingo!

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  2. Meu querido..Sublime...E triste. Então volto amanhã...


    Um carinhoso beijo

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  3. Belissimo post, cheio de caminhos,esperancas,olhar para tras sem julgamento...bjo no coracao!

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  4. Obrigada pela indicação amigo!



    Lindo domingo. Beijos e meu carinho

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  5. Olá meu caro poeta, melancolia bem versejada... Bonito poema. Um abraço e obrigada pelo carinho.

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  6. Boa noite, poeta, aoro passar por aqui. Sigo seus passos. Bjs

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  7. Parabêns amigo...
    Sempre com belos poemas.

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  8. Despedidas
    São sempre doloridas
    Mas as vezes fazem muito melhor do q continuar one se esta!


    Amei esse poema

    Bjao

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  9. Oi Arnaldo,
    Lindo seu poema..
    Bom, tudo na vida passa..
    Ah, passarei no site da tua amiga sim..
    Boa semana!
    Beijos

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  10. Com muita honra lerei este doloroso,mas belíssimo poema no lançamento do seu livro. Amado companheiro do Pó de Poesia. Abrçs!!!

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