Este poema é dedicado ao meu amigo e companheiro do
Gambiarra Profana
Sérgio Salles-Oigers
e seu espírito livre.
“Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre”
Sérgio Salles Oigers
No meu país
Eu tenho hora para acordar
E hora para dormir
Serei preso se não obedecer
A inquisição está atrás do vidro
E nos julga como Josef K foi julgado
Levanta muros entre amigos
Silenciando vidas
Censurando vozes
E expressões artísticas
No meu país eu não posso
Fazer minhas próprias escolhas
E caminhar livre por ai
No meu país eu tenho hora
De acordar e hora de dormir
E serei preso se não obedecer
Na biblioteca não tem os livros
Que eu quero ler
Na loja de discos não tem os discos
Que eu quero ter
No cinema é proibido passar filmes
Como “Fahrenheit 451”, “Easy Rider” ou “Z”,
Na poesia apagam as luzes
Desligam os microfones
E alguns chamam de lixo
A poesia que eu e alguns amigos
Gostamos de escrever
Arnoldo Pimentel
Lindo,pena que muitos hoje não aproveitam essa nossa liberdade a favor dos menos favorecidos,mas continuamos a gritar não é amigo, mesmo que queiram nos sufocar ,adorei!!
ResponderExcluirTempos tristes que marcaram época e que permanecem na lembrança de quem se viu com restrições à preciosa liberdade. Muito belo o poema. Bjs.
ResponderExcluirOi Arnoldo!
ResponderExcluirInteressante e questionador esse texto...
Gostei muito do poema que vc dedicou a seu amigo.
Bjs \o/
Não se tem ouvido ultimamente a célebre "é proibido proibir"
ResponderExcluirdos tempos do Maio de 68...
Forte abraço!
Um poema que lembra a importância da liberdade de ir, ver e ouvir...
ResponderExcluirParabéns pela inspiração! Beijos
Tão bom ter um amigo para compartilhar das dores dos tempos difíceis...que eles não voltem mais!
ResponderExcluirAbraço do Pedra
www.pedradosertao.blogspot.com
Arnoldo,tempos dificeis mas a poesia aliviava,não é mesmo?Adorei e vou levar lá pro Recanto!bjs,
ResponderExcluirOi Arnoldo
ResponderExcluirNão consegui comentar no post anterior, parece fechado a comentários,
deixo um grande abraço desejando uma boa semana
No meu pais submerso
ResponderExcluirnão há lugar nem para reais
nem menos reais, pra nenhum verso
que tenha alma nossa demais