Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

"SKATE NÃO SE GUARDA EM CASA DE BONECAS"



Não tinha skate
Nem lugar para sentar
E escrever um poema
As mãos ainda sem palmatória
Seguravam o terço
Junto ao peito
Em busca de proteção

Arnoldo Pimentel 

sábado, 20 de outubro de 2012

CORES DA CHUVA


Meu país não cabe uma árvore
O trem passa lá embaixo
Bem longe, no fundo do vale
Carregando seus vagões

Sinto saudades de minha mãe
E do jantar que ela preparava
Lentamente
Depois de fazer suas anotações

O trem passa lá no fundo
Desenhando a paisagem
Com seus vagões

Tem uma árvore
No meu quintal
Olhando para o céu

Arnoldo Pimentel

sábado, 13 de outubro de 2012

HOMENAGEM AO GAMBIARRA PROFANA



PALAVRAS À GAMBIARRA PROFANA
Autor Arnoldo Pimentel
Dedicado ao Gambiarra Profana

Um dia eu tirei
A mordaça da boca
Perdi o medo da censura
Da corda no pescoço
Perdi o medo da forca
Conheci a Gambiarra Profana
E minha poesia
Virou poesia de verdade
Passou a ser livre

Esta semana estou homenageando a Gambiarra Profana, grupo que tenho a honra de participar, em cada blog um vídeo do Gambiarra e um poema de minha autoria dedicado ao Gambiarra Profana, assista os vídeos e deixe seu comentário, é muito importante. Links abaixo, basta passar o mouse:
  
Haikai nos Ventos

Palavras nos Ventos

Sonhos de Pequenino



sábado, 6 de outubro de 2012

SILÊNCIO QUE COBRE O OLHAR INTERROMPIDO


Ela abriu a janela
Ajeitou os cabelos longos
Olhou a pequena horta
E as galinhas no quintal

Ela olhou as montanhas
Lá no fundo do vale
O vento soprava sons

Lembrou o olhar do filho
Que foi interrompido no tempo
Em algum lugar

Por fim
Olhou as nuvens camufladas
Que fizeram um estranho desenho no céu

Arnoldo Pimentel