MONTE ALEGRE
Aos meus irmãos Cláudio Rangel, José Luiz, Fábio e nossos
irmãos de infortúnio.
Na rua tinha uma espécie de sinalizador
A padaria ficava em frente a uma oficina mecânica
E às vezes os tanques
de guerra passavam por lá
Eu precisava saber a hora de atravessar a rua e pegar o
ônibus à noite
Confesso que demorei um pouco para assimilar quando essa
hora chegou
Durante uma tarefa de rotina nosso jeep capotou
O chefe da equipe dirigia o veículo e foi liberado
Nós fomos presos, o chão da cela era frio
As paredes pareciam nos espremer
Todos os relógios pararam
Só restou a vela acesa no canto
Que dava para o Monte Alegre
Não havia cobertor
Não havia cama ou colchão
Alguns dias não são esquecidos.
oi Arnoldo,
ResponderExcluircom certeza tem coisas que não saem da
nossa memória...
é a nossa história fazendo história...
beijinhos
Grande obra! Como sempre!
ResponderExcluirSr. Arnoldo;
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O senhor é 10!
Clemente.
Cia. De Teatro Atemporal