Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó

"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)
"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)
"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)
"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)
"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)
domingo, 26 de dezembro de 2010
JORGE MEDEIROS (Homenagem ao amigo e poeta)
JORGE MEDEIROS
SOBRE O AUTOR
Jorge Luiz de Oliveira Medeiros, carioca de nascimento, amante das noites do Rio, admirador do jeitinho mineiro de ser e de alma definitivamente baiana, pois os fatos importantes de sua vida acontecem sem pressa.
Não se define poeta – para ele o verdadeiro POETA á aquele que vive intensa e verdadeiramente a vida. É na vida que a poesia se encontra.
Seu caminhar com a palavra escrita iniciou-se aos dezessete anos, e hoje pertence e é pertencido pelos grupos Po-de-Poesia e Gambiarra Profana.
Jorge Medeiros é professor, pedagogo, massoterapeuta, e é profissionalmente amigo de quem souber se aproximar.
APRESENTAÇÃO
Jorge Medeiros, poeta da busca. Através de seus versos o poeta pontua suas inquietações a respeito de si e de suas relações sociais.
Reflete suas vivências de encantos e desencantos com a intenção de decifrar suas metáforas mais íntimas. Trazendo os versos do poema para dentro de sua centralidade.Mas, para isso, procura, antes de tudo, compreender a periferia que o cerca na sua ação pedagógica, sem impor qualquer didática rígida na sua construção poética.
Não é prisioneiro de verdades alheias. E sem se preocupar com o tempo, busca seu caminho trilhando-o com seus próprios passos, e não querendo que o digam para onde deve ir.
Ivone Landim
POEMAS DO LIVRO : BAGAGEM DE MÃO
INÍCIO
Contar os passos
Sem vacilar
Pra olhar
O precipício
E buscar
Um novo
Início...
Na queda.
MEUS VERSOS
Não sei brincar de fazer versos
Meus versos não colam em paredes
Não despertam olhares
Não acedem paixões
Meus versos, todos, escorreram-se
Pelos esgotos, pelos bueiros
Pelos cantos negros do meu, do teu corpo...
Meu verso calou-se no beijo
Dado em qualquer calçada
Meu verso não vale nada
Nem no canto da boca
Do riso estragado.
PROCISSÃO
Sigo uma procissão
Descompassada
Onde não há
Cânticos conhecidos
Não há rezas certeiras
Ou costumeiras
É apenas um ir
Indo pelo ir
Pela exigência
Do passo
Pra um caminho
Que desconheço
A ladainha
Da vida
Segue
Contínua
Permaneço
Na procissão...
Até quando?...
FADA
A fada da minha infância
Era indecente
E não tinha idéias...
Contava fábulas
Forjadas em situações
De flertes
Com forasteiros
Que desciam das favelas
A fada não usava fitilhos
Nem fitas no cabelo
A fada fazia firulas
Nas folias de fevereiro.
A fada tinha uma fome
Flutuante,
Faiscava seus flancos
No olhar fixo dos
Fumantes
E fustigava os sexos
Dos falsos
Fabricantes de prazer
BAGAGEM DE MÃO
Minha bagagem
Não é tão espessa
Quanto a de madrinhas
E de padrinhos de poesia
Que vivem a sacudir
Poeiras e verdades inteiras
Minha bagagem
Meus caros amigos poetas
É uma valise de mão
Que carrega versos curtos
Essenciais a uma viagem
De ida, sem volta.
ALGUNS LIVROS LANÇADOS PELA GAMBIARRA PROFANA E FOLHA PATAXÓ
Os Covardes Também Cantam Canções de Amor (Sérgio Salles Oigers)
A Borboleta azul, a Mariposa e o Gafanhoto (Fabiano Soares da Silva)
Ventos na Primavera (Arnoldo Pimentel)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
NATAL E CINZAS (Arnoldo Pimentel e Silviah Carvalho)
NATAL E CINZAS
Arnoldo Pimentel e Silviah Carvalho
Ainda não tenho onde ficar no natal
É apenas uma noite feita para ilustrar
Inventar sorrisos onde não há
Na verdade ilusão de uma noite feita para enganar
Nessa noite ilusória me fecho para não participar
Não tenho onde ficar...
Eu não me encontro, mas talvez alguém me ache
E me faça acreditar
Que esta noite é mesmo especial
Ou então espalharei cinzas na hipocrisia
Desta noite que chamam de natal
domingo, 12 de dezembro de 2010
SÃO LOURENÇO
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SÃO LOURENÇO
Seria apenas um último olhar
Talvez com um pouco de tristeza
De incerteza
Mas um último e profundo olhar
E tudo então ficaria ali
Depois seria só olhar pra frente e caminhar
Acreditar que depois do deserto há um Oasis a esperar
Na bagagem apenas um jeans desbotado
Um sonho para ser alcançado
Um projeto de vida inacabado
Mas as lembranças ainda estarão nos olhos
No rosto marcado pelo sabor amargo
De nunca ter tido ninguém ao seu lado
As noites serão ao relento
Sonhará com a voz meiga e doce
Que toca seus ouvidos e seu coração
Nas noites de São Lourenço
E vinha pelo vento do pensamento
Eternizava cada momento
Era a estrela no deserto a lhe tocar
Pedindo todo amor que tinha para dar
Era o Oasis que precisava encontrar
Seria apenas um último olhar
Um deserto para atravessar
Um Oasis a lhe esperar
Um sonho para acreditar
Sem ter medo de outra vez
No meio do vento
Naufragar
A noite de São Lourenço é quando se vê o maior número de estrelas na Itália, conhecida como a noite mais romântica de todas e muitas pessoas vão a Toscana para ver a chuva de estrelas cadentes e fazer um pedido, realizar o sonho de felicidade.
Leituras recomendadas:
http://gambiarraprofana.blogspot.com
http://fcpataxo.blogspot.com
http://po-de-poesia.blogspot.com
www.myspace.com/gambiarraprofana
http://umcoracaoqueama.blogspot.com
www.silviah.net
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http://chicletesalgado.blogspot.com
http://artemundogabriela.com
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www.uni-vos.com
http://ccdonana.blogspot.com
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
POEMAS FEITOS PRA VOCÊ
POEMAS FEITOS PRA VOCÊ
Eu hoje acordei pensando em você
Fui até a varanda
E tentei encontrar um jeito
Qualquer jeito para lhe ver
Mas você está distante
Não está aqui como ontem
Então lembrei sua voz
Pensei não apenas em mim, mas em nós
Eu hoje como sempre senti sua falta
Abri a gaveta e peguei o caderno onde escrevo poemas
Todos os poemas são pra você, assim posso te ter
Assim posso esperar até poder te ver
São apenas poemas
Que faço pra você, até poder te ver, até poder te ter
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
ASA DELTA
ASA DELTA
Se o sol brilha
Quero você ao meu lado
Quero você inteira
E não em pedaços
Se o céu é cinza
E a chuva é fria
Quero te abraçar
E te aquecer
Tudo esquecer
Você é a asa delta
Onde me agarro
E salto num vôo livre
Enchendo meu vazio
Sobre as praias do Rio
Se é noite
Quero amar você
Até adormecer
Sem ver o sol nascer
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