Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




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sexta-feira, 18 de junho de 2010

MAR DE ROSAS



MAR DE ROSAS

Tem apenas um mar à sua frente
Um mar na noite logo ali quando termina os passos na areia
Logo depois da ponta dos ventos
Que balançam os cabelos louros

Tem apenas um mar na noite
Depois de despir o vestido preto
De despir o corpo nu de tanta espera
Depois que a noite abandona o leito

Depois que a solidão se aquece na brisa
Para invadir a alma despida
Quase sem vida

Tem apenas uma solidão no mar de vestido preto
Um olhar de leve que ficou sem jeito
Tem apenas um mar que morreu na noite e não houve outro jeito

7 comentários:

  1. E o mar,
    vestido de preto,
    cravejado de noite,
    é corpo despido
    - lançado na areia.
    Na brisa,
    quase sem vida,
    vive.
    Do cheiro das rosas,
    do leito nu
    invadido de amor.


    Mergulhei, Arnoldo. Lindíssimo!
    Obrigada pelo seu afago sempre, querido.

    Beijoca

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  2. tem apenas um mar
    naquele mar...
    a solidão não a deixou
    ver de outro jeito.

    beijo

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  3. Quem tem um mar à frente tem um mundo de mistérios a serem revelados, um infinito a desvendado, percorrido...uma vida pulsante a ser vivida!

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  4. Lindo mar da noite, com um luar relusente. Encantador!Beijos

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  5. Olá Arnoldo, quanto tempo...

    Como estás?...espero que bem...

    Vim agradecer-lhe os elogios, muito gentis como sempre...E além do mais fiquei sem palavras pra dizer dos versos acima. Como sempre, muito bonito e muito profundo. Adorei!

    apareça mais vezes.

    Grande Abraço, Tamires.

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  6. Certa ocasião eu passei uma noite, ora observando, ora caminhando ao lado do mar vestido de preto. Ao amanhecer, retornei à pousada, entrei no quarto, que estava escuro, ali fiquei, e não havia mar, mas uma certeza, algo havia mudado dentro de mim. Parabéns pela bela poesia Arnoldo. És um pintor de palavras.

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  7. O mar é muito denso e misterioso!
    Eu sempre achei!
    bjos

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