Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó
"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)
"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)
"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)
"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)
"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)
domingo, 29 de novembro de 2009
CÉU DESCONHECIDO
Tem horas que eu existo
Sou a única estrela no céu
Aquela que reflete pouca luz
Mas mesmo assim ainda reflete luz
Tem horas que não sou ninguém
Apenas um ponto sem importância
No escuro céu
Que não merece ser olhado a olho nu
Tem horas que sou o sorriso
Sem grilos, que só faz acalmar
Céu sem nuvens, fácil de abraçar
Tem horas que sou céu desconhecido
Porto onde não se pode ancorar
Braços que não se deve abraçar
terça-feira, 24 de novembro de 2009
DESERTO ENCABULADO
Não tenho ninguém para conversar
Mundo desabitado
Deserto encabulado
Sem sombras para descansar
Sobras de perfume evaporaram
Foram de encontro à noite
Buscar a melancolia escondida
Na vida desfalecida
Não tenho ninguém para olhar
Para separar as gotas de orvalho
Evitar que as folhas se desprendam
Para não mais voltar
Sou um mundo no vazio
Um país sem povoado
Mar sem água para se alimentar
Lua sem sol para brilhar
Não tenho ninguém para abraçar
Para sufocar meu soluço
Para me agasalhar
Não tenho ninguém para navegar
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
45
O espelho refletia
A imagem da minha esperança
Penteando os cabelos
No sonho de criança
Era hora da escola
Não do cogumelo que esfola
Estava juntando as coisas
Que deveria fazer
Durante o dia
Se houvesse dia
Se houvesse luz
Se houvesse alegria
Minhas sombras
Não são meus olhos
Minha pele
Não sentiu mais o sabor do sol
Não tenho jardim
Nem girassol
Talvez eu conseguisse
Voltar outra vez
Sob a chuva negra
Atravessar a ponte
Que separa a tristeza
Da ilusão que ficou na fonte
Deixei de ouvir
O canto da vida
Que ficou espalhado na terra
Almas perdidas
No limiar da lembrança
Da vida esquecida
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
SEM ASAS PARA VOAR
SELO DA MARY
Estou muito feliz, recebi mais um selo
Presente da Mary do marianapapa.blogspot.com
Amigos indicados
ka-anjodanoite.blogspt.com
samdesnuda.blogspot.com
janefreitas.blogspot.com
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quarta-feira, 11 de novembro de 2009
AMIGO
AMIGO
AUTORA: SILVIA HELENA CARVALHO
PARA : ARNOLDO
Se eu ficasse não teria mais poesias, nenhuma canção
Nenhuma simples melodia, se eu ficasse, nem você existiria!
Eu te amo, porém, se eu ficasse talvez não te amasse
E dos meus lábios essa canção não ouviria...Amigo
A distância é rejeitada como um ato de crueldade
Ninguém quer sair de perto e cair nos braços da saudade
Mas é assim que nos descobrimos... Sozinhos nos encontramos,
Reconhecemo-nos, a distância trás descobertas que juntos ignoramos
A distância capacita, dá força e nos faz valorizar aqueles que amamos
Foi a distância que me aproximou de ti,
Foi a distância que me fez compreender,
Que existe outro sentimento pra sentir, tão forte quanto o amor,
Tão puro como a fé, intenso como a saudade
Indispensável como a sinceridade, racional como a fidelidade
Eu não entenderia que sua amizade era tudo que eu precisava,
E se eu ficasse isso não me bastaria
Deixemo-nos livres pra descobrirmos nosso eu
Pois a distância não separa, apenas constrói no peito um espaço,
Reservado ao nosso melhor amigo
A quem se diz, pode ir, se voltares estarei aqui,
Se eu ficasse nunca saberia que posso dizer: Amigo, eu te amo!
E esse espaço em meu peito, é teu abrigo
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
BORBOLETA
Ainda que eu tiver que ver o crepuscúlo
Pelo quadrado da janela
Tendo o chão gélido e molhado como colchão
Não desanimarei
Ainda que eu tiver que imprimir jornais
Na calada da noite
Para ser perseguida na calçada
Eu continuarei a panfletar meus ideais
Ainda que eu tiver que ficar com meu corpo nu
Para ser torturada
Para ser massacrada
Eu serei Minerva, e firme ficarei
Ainda que eu tiver que sair do casulo
Para bater asas nas ruas de vidro
E sangrar todos os dias
Eu voarei
Ainda que eu tiver que perder minha vida
Na estrada deserta
Para vidas serem livres
Minha vida eu darei
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