Edicões Gambiarra Profana/Folha Cultural Pataxó




"Minha Poesia não usa vestes para se camuflar, é livre e nua" (Arnoldo Pimentel)

"Censurar ninguém se atreverá, meu canto já nasceu livre" (Sérgio Salles-Oigers)

"Gambiarra Profana, poesia sem propriedade privada, livre como a vida, leve como pedra em passeata" (Fabiano Soares da Silva)

"Se eu matar todos os meus demônios, os anjos podem morrer também" (Tenneessee Williams)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

VESTÍGIOS



As poucas vezes que estive lá
Fiquei sempre de longe
Encostado num canto
Com os braços pra trás
Talvez seja por isso que eu tenha tantas dúvidas

Arnoldo Pimentel

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CÉU AMARELO



Tem um carro parado na esquina
Está ali há tempos
Nem todos os postes têm lâmpadas
À noite, lá fora, tem estrelas
E as paredes se aproximam do meu olhar
Acho melhor dormir
Estou com medo de levantar
E descobrir que não tenho pra onde ir

Arnoldo Pimentel 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

IDGIE



O menino ia chutando pedras pelo caminho
Chutando pedras pelo caminho
Beirando a linha de trem
Que ia de Belford Roxo até Xerém
Passava pela Piam, por Nova Aurora,
Por Babi, por 38...
O menino ia chutando pedras pelo caminho.

Arnoldo Pimentel 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

A SALA DE JOSÉ



A SALA DE JOSÉ
Poema dedicado ao meu irmão e mestre Cláudio Rangel


Não era só o violão
Nem as palavras de sabedoria
Era uma vida que entrava na gente
Que você tinha consciência
Naquele momento
Que nunca esqueceria
O sofá
A mesa de centro
A sala em si
Tudo em volta era a metáfora perfeita
Da receita da humildade
Do sorriso que lhe ensinava
Que ser feliz é possível
Apesar das marés
Que sempre chegam
Ao nosso litoral

Arnoldo Pimentel